As declarações recentes do presidente Lula sobre as finanças públicas e a possível necessidade de cortes de despesas têm gerado reações nos mercados financeiros e entre os especialistas econômicos. Em entrevista ao portal UOL, Lula enfatizou a importância de uma análise criteriosa para identificar gastos públicos excessivos e ineficazes, considerando aumentar a arrecadação como alternativa viável. Ele também rejeitou a proposta de desvincular benefícios previdenciários, como o BPC, do salário mínimo, argumentando que esses benefícios não são despesas dispensáveis.
Por outro lado, o governo federal divulgou um déficit significativo nas contas de maio, intensificando as preocupações sobre a capacidade de atingir a meta de déficit zero até o final de 2024. Esses eventos afetaram negativamente o mercado, resultando em alta do dólar comercial, que fechou em R$ 5,52.
Além das questões fiscais, o Comitê de Política Monetária do Banco Central está atento à situação, especialmente após a adoção de um novo regime para a meta de inflação, com intervalo de cálculo mensal a partir de 2025. Este ajuste visa manter a inflação controlada, com meta de 3% e tolerância entre 1,5% e 4%. O ministro da Fazenda destacou que essas medidas representam um avanço para a economia, estabelecendo novas diretrizes tanto para a política fiscal quanto monetária do país.
Matéria escrita por: Maria Helena Accioly
Supervisão: Raimundo Machado