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Christina Kirchner sofre atentado na Argentina

Brasileiro aponta arma para a cabeça da vice-presidente, mas ela não consegue ser acionada

A vice-presidente da Argentina, Christina Kirchner, sofreu um atentado na noite desta quinta-feira, 1. Uma multidão se reuniu em frente à sua casa. No meio dela, havia um homem, que estava em posse de uma arma. Ele apontou para a cabeça da vice-presidente e disparou, mas ela falhou. Em seguida, o homem foi detido pela polícia. Christina Kirchner responde em um processo de corrupção, e por isso, seus apoiadores se reuniram em frente à sua residência, como forma de prestar suporte a ela.

Segundo o ministro da Segurança, Aníbal Fernandéz, o suspeito do atentado é brasileiro, e foi identificado como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos. A arma era uma pistola .380 e tinha cinco projéteis, mas não disparou, mesmo sendo acionada. De acordo com o Clarín, Fernando é réu em um caso de posse de arma branca, uma faca de 35 centímetros, que ele alegou ser para defesa pessoal. “Agora a situação tem que ser analisada pelo nosso pessoal da (polícia) Científica para avaliar os vestígios e a capacidade e disposição que essa pessoa tinha”, disse Aníbal.

Diversas autoridades mundiais se solidarizaram com Christina. O presidente argentino declarou feriado nacional em solidariedade à Kirchner. Fernández ainda disse que o ataque “merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina. De todos os setores políticos. De todos os homens e mulheres da república, porque esses fatos afetam nossa democracia”.

Os candidatos à presidência prestaram solidariedade. Nas redes sociais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), se solidarizaram com a vice-presidente argentina. O ex-presidente da Bolívia Evo Morales afirmou, por meio de uma publicação no Twitter, que condena a “tentativa covarde de assassinato” contra a vice-presidente argentina. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o país repudia veemente o ato.

Governo Kirchnner

Christina Kirchner governou a Argentina entre 2007 e 2015, e foi antecessora de Néstor Kirchner, seu marido, que abriu mão da reeleição para que Christina pudesse ocupar o cargo. A vice-presidente argentina se apoia no “kirchnerismo”, movimento político argentino baseado em ideias populistas de esquerda. Enquanto presidente, seu governo foi marcado por voltar a fazer a economia argentina crescer, com o aumento do gasto público e com programas de distribuição de renda. Em oito anos, a economia da Argentina cresceu quase 8% ao ano.

Sua relação foi o Brasil foi amistosa, durante os governos de Lula e Dilma, ambos populistas. Na reta final, seu comando teve suspeitas de corrupção, acusações contra a liberdade de imprensa e de interferir em investigações. Em 2011, Christina teve que se ausentar da vida política para tratar de um câncer na tireóide. Voltou ao cenário político em 2019, junto com Alberto Fernandéz, em uma campanha de chapa única, que terminou com a vitória deles em primeiro turno.

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