O Hamas divulgou hoje uma lista de exigências para o encerramento do conflito em Gaza, elevando o grau de tensão nas negociações com Israel. Entre as demandas destacam-se a retirada completa das tropas israelenses, o retorno dos deslocados às suas casas, a entrada irrestrita de ajuda humanitária e um acordo justo de troca de prisioneiros.
O porta-voz Faouzi Barhoum afirmou que o grupo trabalha para superar os obstáculos que impedem um acordo que atenda ao “nosso povo e nossas famílias em Gaza”.
Principais exigências do Hamas
As exigências incluem:
- cessar-fogo permanente e amplo em toda a Faixa de Gaza;
- retirada total das forças israelenses;
- acesso irrestrito a ajuda humanitária de emergência;
- retorno dos moradores deslocados às suas residências;
- reconstrução supervisionada por autoridade palestina tecnocrática;
- celebração de um acordo de troca de prisioneiros considerado “justo”.
Contexto do conflito
As negociações ocorrem em meio a dois anos de conflito intenso.
O ataque inicial de 7 de outubro de 2023 matou cerca de 1,2 mil pessoas em Israel, e mais de 250 foram tomadas como reféns — o país estima que 20 reféns ainda estejam vivos e que 28 corpos ainda não foram devolvidos.
Na Faixa de Gaza, as ofensivas israelenses resultaram em mais de 66 mil mortes palestinas, em sua maioria civis, inclusive milhares de crianças.
Reações e próximos passos
O governo israelense condiciona qualquer trégua à garantia de segurança e ao fim das atividades militares do Hamas.
Por outro lado, os Estados Unidos têm pressionado ambas as partes por um acordo, propondo retirada gradual, desarmamento do Hamas e supervisão internacional para a reconstrução de Gaza.
Fontes envolvidas nas negociações afirmam que há sinais positivos nos diálogos conduzidos no Egito, e uma nova rodada deve ocorrer em Sharm el-Sheikh ainda hoje.
