O Partido Democrático Trabalhista (PDT) enfrenta uma crise interna que pode resultar na perda total de sua bancada na Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE). A saída do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, da sigla, desencadeou uma série de desfiliações entre deputados estaduais aliados a ele.
Atualmente, o PDT conta com quatro deputados estaduais: Cláudio Pinho, Antônio Henrique, Queiroz Filho e Lucinildo Frota. Desses, Lucinildo Frota já confirmou sua saída para o Partido Liberal (PL), alinhando-se à oposição ao governo estadual. Ele justificou sua decisão afirmando que não há mais motivos para permanecer no PDT após a saída de Roberto Cláudio, com quem se alinhava politicamente.
Os outros três deputados ainda não se manifestaram oficialmente sobre sua mudança de partido. No entanto, fontes próximas indicam que é improvável que permaneçam na sigla, dada a proximidade com Roberto Cláudio e as divergências políticas com a atual direção do PDT.
Com a possível saída desses parlamentares, o PDT perderia sua representação na ALECE, já que a legenda ficaria sem cadeiras efetivas. Essa situação reflete a fragmentação interna do partido e a reconfiguração do cenário político estadual, com a ascensão de outras siglas como o PSB, que recentemente incorporou deputados dissidentes do PDT, tornando-se a maior bancada na Casa.
A janela partidária de 2026, período em que deputados podem trocar de partido sem risco de perda de mandato, é aguardada com expectativa, pois pode oficializar essas movimentações e redefinir o equilíbrio de forças na ALECE.
