Guilherme Fiuza, Augusto Nunes, Guga Noblat, entre outros, não fazem mais parte da empresa
O Grupo Jovem Pan está realizando uma série de demissões de jornalistas renomados. Desde a última segunda, 31, alguns nomes estão sendo desligados. O Grupo, de extrema-direita, quer se manter longe das polêmicas e está passando por uma mudança em sua linha editorial. Após a vitória de Lula nas urnas, a Jovem Pan quer diminuir as críticas ao futuro governante.
No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu veículos de comunicação de se referirem a Lula como ”ex-presidiário”, ”ladrão” e ”chefe de organização criminosa”. O Grupo entendeu a medida como censura.
Desse modo, os nomes do comentarista Guilherme Fiuza, da apresentadora Carla Cecato e do repórter Maicon Mendes, que participou da cobertura das eleições de 2022, não fazem mais parte da Jovem Pan. Eles se juntam a Augusto Nunes e Caio Coppola.
Guga Noblat, que foi afastado após a decisão do TSE informou que foi desligado do Grupo. “Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura. Estava desde a semana passada afastado e agora é definitivo”, disse nas redes sociais.
Carla Cecato estava afastada desde outubro. Seu perfil se restringiu a divulgar notícias falsas, sendo alertado pelos usuários do Instagram e do Twitter, que seu perfil não era recomendado para uso jornalístico e teve vários posts bloqueados.
Guilherme Fiuza foi demitido após questionar a lisura das urnas. O Grupo Jovem Pan afirmou que os bloqueios de caminhoneiros pelo país, protestando contra a derrota de Jair Bolsonaro poderia ser uma forma de golpe. Em suas redes sociais, Guilherme declarou “Os caminhoneiros não estão parados contra o resultado da eleição. Estão parados porque, como a totalidade da população que vive do seu trabalho, pediram eleições limpas e não foram atendidos. Eleição limpa tem que poder ser auditada e não precisa de censura”, alegando uma suposta fraude nas urnas, o que nunca aconteceu.