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Liz Truss renuncia ao cargo de primeira-ministra do Reino Unido

Ficando apenas um mês e meio no cargo, seu governo foi o mais rápido da história do país.

Liz Truss renunciou ao cargo de primeira-ministra do Reino Unido, nesta quinta-feira, 20. Ela passou apenas 45 dias no poder, sendo a pessoa que ocupou o cargo por menos tempo na história do país. É a terceira vez seguida que um premiê deixa o cargo antes do previsto. Um novo nome deve ser decidido até 28 de outubro. Ela comunicou a sua decisão ao Rei Charles III, e ao líder do Partido Conservador, Graham Brady.

Liz assumiu após a renuncia de Boris Johnson. Sob denúncias de festas no parlamento britânico no período de Lockdown e de denuncias de abuso sexual de seus ministros, a situação ficou insustentável. O Partido Conservador fez novas eleições e chegou ao nome de Truss.

Em seu pronunciamento, Liz Truss declarou que não conseguiu implementar seus planos quando foi eleita. Citou como fatores a situação econômica do país e da guerra na Ucrânia. ”As famílias e empresas estavam preocupadas com a forma de pagar suas contas. A guerra ilegal de Putin na Ucrânia ameaça a segurança de todo o nosso continente, e nosso país estava sendo segurado por muito tempo pelo baixo crescimento econômico. Fui eleita pelo Partido Conservador com um mandato para mudar isso.”, disse Liz.

Para fazer a economia girar e crescer, Liz prometeu grandes cortes de impostos, além de arcar com parte das contas de energia da população, que subiu mais de 300% nos últimos dois anos, por conta da guerra e da pandemia. A inflação no Reino Unido está em 10%, a maior nos últimos 40 anos. Também estava previsto o aumento de créditos e um empréstimo bilionário para cobrir o rombo das contas públicas, calculadas em 45 bilhões de libras (R$ 266 bilhões). No entanto, esse plano não foi detalhado, deixando o mercado financeiro caótico. O ministro das Finanças, Jeremy Hunt, mudou o plano de Liz, mas apaziguou a situação, afirmando que o governo ajudaria por dois meses no pagamento das contas de energia. Liz Truss prometeu que a medida duraria por dois anos.

Grande parte de seu partido já era a favor da renúncia. Seu governo foi se deteriorando na última semana, com a saída do ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, responsável pelo polêmico plano, e a do Interior, Suella Braverman, que renunciou na última quarta-feira, 19. Novas eleições devem ser feitas na próxima semana, pelo Partido Conservador, e o novo premiê deve ser anunciado até o fim do mês.

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