Sérgio Cabral deve voltar à prisão de segurança máxima

A justificativa é a descoberta de objetos proibidos encontrados na cela dele

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral deve retornar à prisão de segurança máxima, nesta segunda-feira, 2. O motivo foi a descoberta de diversos itens proibidos e objetos de luxo em sua cela, na Unidade Prisional da PM, em Niterói. Com isso, ele, e o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, condenado a 11 anos de prisão pela morte da juíza Patricia Acioli, devem retornar ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, onde cumpriam suas penas até ano passado. A determinação da transferência foi feita pelo juiz Marcelo Rubioli.

Uma fiscalização da Vara de Execuções Penais encontrou celulares, cigarros eletrônicos, uma lista de comidas de um restaurantes, e até anabolizantes na cela do ex-governador. Na ação dos policiais, o juiz afirma ter visto uma sacola verde sendo jogada por um policial preso. Na área onde a sacola foi encontrada, só estavam Sérgio Cabral e outro policial, que seria uma espécie de ”segurança” do ex-governador, o que indicava que o material que lá era para os dois. Dentro da sacola, foram encontrados mais de R$ 4 mil em dinheiro e cigarros de maconha. Nessa mesma área, foram encontrados um caderno com pagamentos em dinheiro, cartão de débito, crédito e para um aplicativo de comida. Um dos recibos era de um restaurante indiano, onde os dois compraram kaftas, esfirras e lentilhas, pelo valor de R$ 1.508. Outras irregularidades também foram encontradas nas celas de diversos presos.

Sérgio Cabral deve voltar à Bangu 8, onde ficou até setembro do ano passado. Sua transferência foi autorizada pelo juiz federal Marcelo Bretas, seguindo a determinação do ministro do STF, Edson Fachin. O ministro atendeu um pedido da defesa de Cabral para que ele não ficasse no mesmo presídio de pessoas que foram citadas em seu depoimento de delação premiada. O ex-governador é condenado por 22 processos na operação “Lava Jato”, entre eles, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas somadas dão mais de 400 anos de prisão.

A defesa de Cabral afirma que não foi encontrada nenhuma irregularidade em sua cela e diz que nenhum dos objetos apreendidos nas áreas comuns está relacionado a ele, e que Cabral desconhece objetos encontrados fora da galeria dos oficiais.

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