Nosso trato gastrointestinal trabalha duro para nos manter saudáveis, mas quando ele está comprometido enfrentamos diversos problemas e desconfortos que, muitas vezes, nos tiram a tranquilidade ou trazem grandes consequências para a saúde. Distensões abdominais, inchaço e constipação causados por má digestão podem ser resultado de baixa ingestão de líquidos ou menor consumo de alimentos que ajudem a formar e eliminar as fezes. São situações que podem ocorrer de vez em quando, mas, definitivamente, não devem ocorrer constantemente.
Nutrição do intestino
O intestino trabalha pesado para que somente os nutrientes e a água entrem no corpo, evitando que toxinas atravessem a barreira protetora, que nos “separa” do mundo externo. Porém, se ele estiver sem cuidados, não pode agir em nossa defesa. É aí que a nutrição atua:melhora a saúde em geral e promove o bem-estar.
A nutrição adequada otimiza a função intestinal, ou seja, dá suporte para que o intestino execute sua função: digestão, absorção de nutrientes e excreção. Se o processo falhar em alguma etapa, sentimos os “efeitos colaterais”: maior produção de gases, distensão abdominal, desconforto, constipação ou diarreia, alterações de sono e humor, perda de vitalidade da pele, unhas e cabelo, queda na disposição física, entre outros.
Como os alimentos afetam o funcionamento intestinal
O consumo diversificado de alimentos favorecerá a ingestão de ampla gama de nutrientes. Relembre como eles funcionam:
Enzimas digestivas:
Permitem que a digestão do alimento que se iniciou na boca com a boa mastigação seja aprimorada durante sua passagem no trato intestinal. Frutas como mamão e abacaxi fornecem boas enzimas que digerem a comida e ainda podem atuar como substância anti-inflamatória, se assim for necessário.
Gorduras:
As monoinsaturadas e poli-insaturadas provenientes de castanhas, nozes, azeite de oliva extravirgem, peixes, sementes e abacate são fundamentais para a lubrificação da parede intestinal, além de fornecerem doses de fibra alimentar.
Fibras solúveis e insolúveis:
Alguns alimentos contêm fibras alimentares que atuam como prebióticos, ou seja, servem de alimento para as bactérias boas. Estas são capazes de fazer o que nós, essencialmente, não somos: digestão das fibras solúveis e insolúveis. As fibras solúveis auxiliam na formação das fezes, pois tem a propriedade de reter água para si; as insolúveis estimulam a saída das fezes, além de ser alimento para a microbiota. Verduras, legumes, frutas e sementes são os campeões nesse quesito.
Minerais e vitaminas:
Fazem parte da digestão bem como da nutrição dos enterócitos (células intestinais). Quanto mais diversidade houver no consumo de verduras, legumes, frutas e sementes, maior será o benefício digestivo.
Probióticos:
As bactérias boas são capazes de se desenvolver dentro do intestino, mas a natureza ajuda a dar uma força para consumi-las em maior quantidade. Iogurte natural, chicória, alcachofra e batata yacon são alimentos estimulantes do crescimento bacteriano. Certamente, os diversos tipos de legumes, verduras e frutas também auxiliarão nesse quesito.
Qual o papel do nutricionista?
Equilibrar a alimentação é uma opção terapêutica importanteO nutricionista é o profissional preparado para detectar as dificuldades e possíveis acontecimentos que estejam atrapalhando a digestão, observar o consumo de alimentos constipantes ou laxantes, sabe como tratar pacientes com doenças inflamatórias intestinais sem que sofram restrições alimentares drásticas, procurando recuperar a mucosa e proporcionar melhor qualidade de vida a eles.
Qualquer dúvida que tenha em relação à sua alimentação e as consequências que ela traz para a sua vida, procure a ajuda de um nutricionista, que auxiliará na escolha dos alimentos do dia a dia de forma individualizada e eficaz.